Se algum amigo pergunta o estado de Roan Carneiro, 30 anos, ele é rápido no gatilho. Está “desbolado”. Claro que a derrota em junho, após cansar surpreendentemente e bater num triângulo, aos 2m53s do 2R contra Kevin Burns no UFC 85, ainda dói. Por isso, quem vai pagar o pato é o próximo oponente, Ryo “Piranha” Chonan, japonês que já venceu o brasileiro no Deep.
“Tudo na paz, brother. Pois é irmão, vou com tudo para cima dele”, diz Jucão de sua academia em Atlanta, sem se importar muito com o fato de a luta provavelmente ter bastante repercussão no Japão. “Bem, não estou me importando muito com isso. Vai ser mais uma luta, quero apagar minha última atuação, e mostrar por que estou nessa divisão até 77kg do UFC. Sei dos meus limites e da minha capacidade, e estou trabalhando minha mente para isso. Estou muito insatisfeito com minha última performance”.
O que deu errado, Jucão? “Vários fatores, mas o principal foi minha desidratação. Me senti exausto, fadigado. Na moral, não teve desculpa. Perdi e pronto, mas não é normal um atleta de alto nível cansar da forma que cansei. Se não tivesse treinado, tudo bem, mas treinei demais para aquela luta. Mas isso é passado, agora só penso no Chonan e quem me conhece sabe que vou dar a volta por cima”, conta o lutador da ATT, cujo card aponta 12v e 7d.
A estratégia para lutar “em casa” em Atlanta, no UFC 88, de 6 de setembro, já começou a ser traçada: “No momento o que estou mais fazendo é dando ênfase à minha raiz, que é o Jiu-Jitsu. E ressalto que estive com o Renzo Gracie e com o Cachorrão agora no UFC, e colhi informações preciosíssimas sobre o jogo do japonês, sem contar que estou conversando muito com o Paulão, que já o venceu também. Na boa, não vou ter problemas para ganhar dele com informações como essas. Vou para a ATT na Flórida um mês antes da luta, já sei que chegou lá um treinador novo de muay thay. É um tailandês, parece que todos estão gostando do estilo do cara, muita joelhada e cotovelada”.
Fonte: Graciemag