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 Da sobrevivência nas ruas da Rússia para o MMA, A história de Aleksander Emilianenko

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MensagemAssunto: Da sobrevivência nas ruas da Rússia para o MMA, A história de Aleksander Emilianenko   Da sobrevivência nas ruas da Rússia para o MMA, A história de Aleksander Emilianenko Icon_minitimeDom Ago 03, 2008 5:33 am

"Estou pronto. Não importa com quem ou onde. A pé ou a cavalo. Com maças ou machados. Para lutar. Para derrubar sangue ou para a morte. Não importa, estou pronto para lutar" - Aleksander Emilianenko

Viver na sombra de um irmão mais velho não é fácil.

Quando você está na mesma profissão e ele é mais sucedido e mais conhecido, é difícil ficar no centro das atenções sem obstruções, como você mesmo. Lado a lado, as conquistas que você conquistou por toda a sua vida, o inferno a que você passou para se tornar uma pessoa melhor é menos brilhante, menos impressionante comparado a ele. Você tem menos fala sobre seu futura na luta, menos atenção da mídia quando ele é pego na avalanche perpétua de flashs e microfones. Você está lutando no undercard televisionado enquanto ele está liderando o pay-per-view.

Mês passado eu viajei para St. Petersburg, Rússia, para passer um tempo com Aleksander Emilianenko e sua família. Eu queria conhecer o homem, ir além de sua reputação, os rumores. Eu queria ver através da rede de tatuagens e achar o que ele é realmente e o que a vida significa para ele. Para observar ele sozinho, em outras palavras, mesmo que por um momento.

St. Petersburg, comumente intitulada a Veneza do Norte, fica a apenas 600Km do círculo Ártico. Por causa da inclinação do planeta, durante o verão no hemisfério norte, é luz por quase 24 horas do dia por mais de um mês e meio. Celebrando o tempo morno e a luz do dia perpétua, É o oposto exato do inverno. As pessoas aqui frequentemente passam noites inteiras fora,absorvendo a atmosfera, visitando, festejando. O centro da cidade é bonito, verde, arejado, construído quase que inteiramente no mesmo estilo arquitetônico de sua fundação, a mais de 300 anos atrás.

Eu gosto de estar aqui. É animador escutar e ver tantos estrangeiros (turismo está ainda em estágio embrionário na Rússia, e ainda é impressionante ouvir outras línguas sendo falada a seu redor). A cidade me dá esperança para o future, lampejos de uma Rússia que é parte inextricável da Europa, em que os cidadãos se sentem parte da comunidade mundial e pode ir e vir como quiserem. Essa liberdade, que St. Petersburg representa, é talvez parte da razão para Aleksander Emilianenko escolher se mudar para cá em 2003, deixando sua cidade natal Stary Oskol e seu passado lá para sempre.

Aleks e sua família vive em uma construção pré-Stalin, não longe de Nevsky Prospekt; A rua principal de St. Petersburg e o coração financeiro e cultural da cidade. A escadaria longa que leva ao apartamento deles está desmoronando, dilapidada, parecendo um set de um filme que foi submergido em águas profundas por um longo tempo e então drenada. Os interiores comunais de apartamentos em quase todo o país são quase o mesmo(particularmente desse período ou anterior): Quase tudo que não pertencia diretamente a alguém foi deixado para lutar sua própria batalha perdida contra a entropia.
Em contraste, o apartamento é grande, moderno, arejado e aconchegante. Emilianenko, com seu tamanho, parece incongruente entre a mobília e brinquedo de crianças, a arte, o escritório no canto. Nos sentamos em cadeiras opostas, Aleksander contra uma janela e próximo a uma fotografia bem grande dele mesmo e de sua esposa e decidiu deixar a entrevistar rolar o quanto precisasse. A conversa só é interrompida brevemente por sua Olya Emilianenko de 10 meses e dois cachorros pequenos. Lá fora escureceu de repente e está chovendo. Aleks brinca com o carrinho de bebê e nós continuamos, de vez em quando acomodando a opinião de sua filha bebê, que está agora alegremente empoleirada em seu joelho.

Inicialmente eu iria escrever um artigo sobre Aleks baseado na entrevista. Porém, de volta para Moscou, vendo o material da entrevista, eu rapidamente entendi que nunca conseguiria passar nem uma pequena parte de tudo o que conversamos em um pedaço que não fosse do tamanho de um artigo da revista New Yorker. Então eu pensei que seria melhor deixar as coisas como são, e apresento uma versão inteira de nossa conversa.
Uma observação final. Você inevitavelmente estará procurando por confirmação ou negação sobre os rumores sobre o tempo de Aleks na prisão. Ele firmente mantém que ele não fez. De suas tatuagens, ele diz que são coleção de bonitas imagens, algumas que ele mesmo projetoum e aquelas que tem qualquer similaridade com aquelas em "Eastern Promises" são puramente coincidentes

Sherdog.com: Me conte sobre sua primeira memória. Não algo que você considera importante, mas a primeira.
Emilianenko: Eu não sei. Falando honestamente, minha infância parece envolvida em neblina e eu realmente não me lembro de nenhum momento específico que realmente se destaque.

Eu tenho, sabe, fragmentos. Eu me lembro de algo aqui. Então quando eu falo sobre algum acontecimento, novamente me lembro de outra coisa.

Eu me lembro que fui esquecido no jardim-de-infância. Meus pais tinham que me pegar, e eu quase acabava ficando na noite com a vigia noturna porquê eles esqueceram. Finalmente minha mãe veio quase a meia-noite. Eles esqueceram que eu estava no jardim-de- infância. Eu tinha entre 4 a 5 anos.

Minah mãe trabalhava até tarde, e meu pai também. Eles estavam contando um com o outro para me pegar, e nenhum fez isso, então eles me esqueceram. Eu esperei com a vigia noturna, pensando que iria passar a noite lá. Ela até já tinha feito um lugar para eu dormir, para eu estar pronto para o outro dia. Eu já estava indo dormir quando eles vieram me pegar.

Escola. Me lembro da escola. O primeiro dia. Eu saí. Eu fugi da escola. Eu tinha um companheiro, um amigo que já estava lá por um tempo. Nos íamos juntos ao jardim-de-infância. Seus pais pediram, digo, eles escrevaram uma nota para liberá-lo das últimas aulas. Ele veio até a mim e me convenceu desonestamente que estava OK para mim também, de sair e ir pra casa. Foi o meu primeiro dia na escola, e eu não sei, eu fugi.

Então fui para casa, para minha mãe e seu cinto. Eu lembro que nós fomos a casa dele brincar de soldados de brinquedo, outros brinquedos. Nós vivíamos próximos. Eu voltei para casa sem nenhuma preocupação, pensando que teria uma comemoração do meu primeiro dia. E ao invés recebi uma boas com o cinto. Você não pode simplesmente sair da escola desse jeito.

Eu também me lembro que lutava na escola todo o tempo. Eu até mesmo me lembro da primeira vez que briguei. Por alguma razão eu lutava com garotos mais velhos todo o tempo, mais altos e maiores que eu. E mais, eu sempre lutava por coisas tolas, pequenas. A primeira vez foi uma semana após eu ir para a escola, aos 6 anos. E não lutávamos como as crianças costumam, empurrando uma a outra com os ombros ou coisa do tipo. Nós lutávamos sério. Foi a primeira vez que eu fui acertado no rosto. Tive hematoma. Mas consegui derrotar meu oponente que era dois anos mais velho que eu. Nessa idade, até um ano na juventude faz uma diferença muito grande. Seu nome era Yura, eu acho.

Sherdog.com: o que você se lembra sobre Yura? Porquê você lutou?
Emilianenko: Ele estava numa classe paralela a minha. Ele estava na escola por bastante tempo, era muito maior do que todos também, mais forte e mais arrogante que todos. E esse foi o motive de brigarmos. Eu queria testar minha arrogância, minha força contra ele. E eu acertava e acertava ele, eventualmente ganhando e conquistando o respeito dos outros estudantes.

Ele me acertou, eu acertei ele. Nós clinchamos. Eu arremessei ele, e acertei e acertei enquanto ele estava no chão. Ele gritou até os professores me afastar. Eu era um dos maiores na minha sala, tenho que dizer. O maior ou o segundo maior da minha sala.

Sherdog.com: Escola até a idade de 10 anos?
Emilianenko: Sim, eu me lembro. Eu me lembro. Até 12 eu era um estudante realmente bom. Então eu fui transferido. Eu tive um treinador que transferiu todas as crianças que treinavam wrestling, sambô e judô. O treinador reuniu todas essas crianças, da mesma idade, em uma escola, em uma sala. Então seria mais conveniente, ele fez ajustes com os professors para nós irmos para as competições, treinar etc...

E na idade de 13 anos quando mudei para uma nova escola, eu comecei a tirar notas C. Então quase que instantaneamente me tornei um aluno que só tirava quase nota C e comecei a levar meu esporte mais a sério. Isso era quando eu tinha 13. E assim foi. Terminei a escola e fui para uma escola de treino. Bem, aprender veio naturalmente e facilmente para mim, mas era muito difícil para meus professores me ensinar.

Sherdog.com: Então porque treinar?
Emilianenko: Desde muito novo eu queria. Eu queria treinar em esportes desde muito novo. Anteriormente, quando eu era pequeno, todos os campos de futebol, rinques de hockey estavam cheios. Todas as crianças estavam fazendo algo. Em todo quintal, em todo porão tinha algum esporte para participar. Karatê estava começando a ficar popular. Em muitas escolas de artes marciais estava sendo ensinado.

Mas eu já tinha escolhido para mim Judô aos seis anos. Só Judô e Sambô e não me desviava deles. Eventualmente, como qualquer outro em um time, eu comecei a discutir com os treinadores, deixando o time e largando o judô e sambô. Escolhi o boxe, treinando boxing até retornar ao wrestling novamente. Em resumo, eu estava tentando me encontra em uma forma de luta ou outra. Eu realmente gostava.

Sherdog.com: Você tentou outros esportes?
Emilianenko: Sim, tentei basquete e gostei. Por exemplo, pela manhã ou durante o dia eu iria completer meu treino de wrestling ou boxe, mas eu sabia que no anoitecer os caras estariam treinando basquete. Então eu aparecia no treinamento deles e dizia que queria aprender como jogar, e entçao treinava com eles.

Eu também joguei futebol. Eu pratiquei muitos tipos diferentes de esporte. Eu realmente gosto de esportes.

Sherdog.com: Para quais times você torce?
Emilianenko: Bem, eu estava apoiando o time de futebol Zenit de St. Petersburg, que ganhou a copa da UEFA. Bom trabalho, caras. Então torci pelo time nacional da Rússia de hockey no gelo da copa do mundo. Eles fizeram bem e ganharam. Agora o time nacional de futebol está jogando o campeonato europeu. Estou apoiando eles. Assisto todo dia, penso sobre o time. Eles irão ganhar. Vão ganhar a Europa[A Rússia chegou até as seminais pela primeira vez em mais de 20 anos mas foram derrotados pelo time que seria campeão, a Espanha.]

Sherdog.com: eu assisti futebol ontem em um bar da Rússia apela primeira vez, com fãs russos. Muitos xingamentos[N.T: termo usado aqui no sentido também de palavreado de baixo calão]. Nunca tinha ouvido tantos xingamentos no Ocidente de fãs assistindo a um jogo, particularmente não em um bar luxuoso.

[N.T: As vezes ele se referia a futebol, outras vezes creio que de Rugby.]

Emilianenko: Tem realmente xingamentos no Ocidente? Estou interessado.

Sherdog.com: Sim, mas não tão desenvolvido e usado como aqui. Mas a coisa mais engraçada era que no bar chique todos os homens estavam xingando junto a mulheres ricas e bem vestidas, que não sabia realmente o que fazer. O bar inteiro estava olhando para os homens, e elas estavam sentadas sem saber para onde olhar ou o que fazer.

Emilianenko: Sim, eu acho que em lugares assim não é necessário levar as mulheres junto afinal. É melhor deixá-las em casa, ou mandá-las para outro evento ou lugar. Alguém pode sempre relaxar e passer o tempo com mulheres, mas em eventos como esse, é melhor estar entre os de seu tipo. Para poder relaxar completamente sem se sentir auto-consciente por quem está por perto. E as mulheres provavelmente ficarão sentadas sem saber porquê foram trazidas afinal...Melhor deixá-las em casa.

Sherdog.com: Que tipo de adolescente você era em Stary Oskol? O que fazia? Como era seus amigos?
Emilianenko: Meu amigos. Minha infância e crescimento foi, um pouco...Bem, na verdade não um pouco, mas era completamente diferente do que acontece agora. Nós éramos basicamente deixados por nossa conta e para as ruas. Tudo acontecia na rua. A rua, ela nos criou. Nos fez homens. Nós faziamos tudo nela.

Sherdog.com: Mais detalhes, por favor.

Emilianenko: Em mais detalhe. Eu não sei nem por onde começar. Nos jogávamos futebol. No inverno nós jogávamos hockey[risadas].



Sobre ser campeão europeu de sambo esportivo:
Emilianenko: Eu estava terminando o politécnico e tinha que ir para o campeonato europeu. Eu estava acabando o terceiro, ano final, e tinha que fazer os exames externamente porquê tinha que sair pra competir. Eu falei com meus tutores, estudei sem o grupo e também fiquei pronto para o campeonato europeu.
Entãoa cabei OK, passei em tudo. Eu tenho que ser grato aos tutores, que me encontraram no meio do caminho, me ajudaram muito. Eles podiam ter feito, você sabe. Na maioria dos casos, se voe tem uma pessoa e ela tem alguma posição, e elas acham que por causa de sua posição podem fazer o que quiserem.Elas podem fazer a vida de quem depende deles muito difícil. Mas meus tutores me ajudaram. Eles entenderam que eu sou um esportista, que eu nunca seria um soldador ou algo do tipo.
Eu aprendo por aprender, pela experiência de aprender.Mas não para ser um soldador. Eu sei como solda, mas eu não sou um profissional. Não é a minha. A minha é o esporte, e eu precisava ir a Europa para defender a honra da Rússia. E eles entenderam isso. Não foi como se eles simplesmente me deram as notas. Eu estudei. Estudei muito. Bem, eu estava a frente dos meus colegas as vezes.

Eu estou continuando a estudar. Na "Bielorussian National University". Eu queria, muito, ir para uma universidade aqui em St Petersburg, mas meu tempo...Eu não tenho tempo suficiente, e não funcionou.


Esses dias eu também estou aprendendo a língua inglesa. Eu treino pela manhã, então eu vou para a aula de inglês e depois eu vou dormir. E depois a tarde vou para o meu segundo treino.
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MensagemAssunto: pt.2   Da sobrevivência nas ruas da Rússia para o MMA, A história de Aleksander Emilianenko Icon_minitimeDom Ago 03, 2008 5:34 am

Sobre os estudos na universidade:
Emilianenko: Economia. O título do meu curso é "A economia e administração de uma empresa". Tinha uma oferta para mim para entrar na faculdade de esportes sem exames para entrar. Quando eu fui entrar na universidade, eu estava indo com os documentos para me tornar um treinador esportivo na faculdade de esporte. Então eu pensei, "Porquê eu deveria ser um treinador? Eu já posso ser treinador sem mais educação. O que pode tutores, que aprendem de livros, me ensinar, um esportista ativo?"

Então eu decidi que seria melhor entrar na faculdade de negócios. Mas tinha que passar nos exames. Tive que passar em matemática, Literatura Russa, Me lembrei da maioria e consegui ajeitar tudo com sucesso. Muitas vezes eu tinha que discutir o tema com o professor, e eles me davam um A. Para literatura russa a questão foi discutir e traçar a biografia de um autor favorito ou poeta. E discutir seu trabalho.

Tinha que ser do cânon de literatura russa clássica. Eu realmente gosto de ler. Especialmente literatura russa. Então eu entrei e perguntei sobre quem ela gostaria que eu dissesse. Não importava. Por exemplo, eu disse, "Estou atualmente lendo Alexei Tolstoy." Eu listei os trabalhos que eu estava lendo, um monte que ele tinha feito. Eu também discuti sobre eles com ela. Ela então disse, "Está bem. Por favor, você está livre para entrar. Estou te dando um A."

Eu sou uma pessoa esperta. Eu sou amigo da literatura. Ela viu que seria sem sentido gastar muito tempo indo de tópico para tópico porquê eu conhecia meu material.

Sobre seu autor/filme/música favorito.
Emilianenko: Eu realmente gosto de Henryk Sienkiewicz. Eu não sei se você leu ele. Ahhh, se chama "Quo Vadis?"?("Where are you Going?"[em ingles]. Eu recomendo a você lê-lo. Livro realmente interessante. Escritor polonês. É sobre o tempo de Nero. Quando Nero queimou Roma. Sobre o nascimento do cristianismo no mundo, de onde tudo veio.

Eu realmente não gosto como eles filmam os últimos filmes russos. Não tem simplesmente nada para assistir. Basicamente eu penso que orçamento que é dado é desperdiçado em atores famosos, etc. E o filme em si acaba sendo nada.

Music: Eu gosto de música. Rap é bom, e também Shanson. Eu também gosto de classico, pop. Eu gosto de basicamente de qualquer música se acompanha o humor. Mas novamente, aqui e ali tem um tipo de bagunça com a música. Fora dessa bagunça misturada, eu poderia escolher artistas, músicas, mas eu não quero. Se algo acompanha o humor, estou dentro. Está OK.

Gosto bastande de rock. Eu basicamente cresci com rock russo. A banda Kino, eu gosto, também de DDT e Alisa.

Sobre quem ele gostaria de conversar, vivo ou morto:
Emilianenko: Eu gostaria de conversar com Muhammad Ali. Se não fosse por ele, Eu não sei aonde o mundo do boxe estaria hoje.

Eu acho que tudo o que o boxing alcançou até hoje, é por causa de grandes lutadores como Forman, Frazier, e até aqueles anteriormente, Robinson. Tem muitos boxeadores, mas muito poucos mudaram tudo.

Eles fizeram o que eles fizeram: eles lutaram e forjaram o caminho a frente. No esporte isso sempre acontece, mesmo se você pegar o xadrez como exemplo. Como aquele Americano. Eu esqueci seu nome. Fisher. Ele teve que se sacrificar para fazer o xadrez um esporte mais popular. Muitas pessoas, para desenvolver sua habilidade, suas idéias, tem que se sacrificar. De outra forma não funciona. Então você tem que escolher.

Sobre o jeito que os atletas são vistos na Rússia:
Emilianenko: Quando eu ganhei o campeonato europeu em sambo esportivo, eu achei que pegaria um bom pedaço de sucesso. Eu estava indo para casa com tanta alegria e me sentindo tão sortudo. Eu era um garoto que viajou além-mar pela primeira vez, que apareceu como o melhor no campeonato europeu e que fez algo realmente grande, algo realmente difícil de alcançar.
Eu estava feliz quando voltei pra casa. E a reação foi; na maioria dos casos aqui, quando alguém conquista algo no esporte, é "Você ganhou. Parabéns." Eles apertam sua mão, te parabenizam e no outro dia esquecem sobre isso. Isso não é certo. Eu me permiti ficar tão feliz, e claro que isso foi doloroso. No geral aqui na Rússia, a atitude para com os esportes não é como deveria ser.

Todo mundo, absolutamente todo mundo desde o governo até o cidadão médio acha que é assunto de pessoas ligadas ao esporte. Não importa realmente se elas competem ou não. Não importa se ela perde ou ganha. Eu acho que o esportista, para se tornar bom, tem que abordar sua habilidade como se fosse uma profissão, sua carreira.
Como um engenheiro por exemplo. Se for um trabalhador comum, numa fábrica por exemplo, que faz as coisas básicas, ele ganha 10,000 rublos [$420 por mês]. Se tem educação e tem nível de engenheiro, agora ele ganha 20,000[$840]. Se ele é um mestre em seu ofício, digamos que ele ganha 30,000[$1260]. Se é o diretor de toda a empresa, toda a fábrica, obviamente ganha mais dinheiro. E assim deveria ser com os esportistas, eu acho. A atitude tem que ser essa.
Porquê eu conheço muitos esportistas hoje que tem grandes resultados a nível mundial; eu tenho muitos amigos que são campeões mundiais que estão deixando seus respectivos esportes porquê não recebem pagamento de ninguém. Eles trabalham como segurança em bares e clubes noturnos, e ganham 1,000 por mês porquê precisam de alguma forma alimentar a família.

Porquê não ganham nada do esporte. Sim, eles treinam. Sim, eles compete e ganham. E conquistam medalhas e certificados e ganham os seus apertos de mãos. E são esquecidos. Como aconteceu comigo em 1999, quando retornei do campeonato europeu de sambô.
Eu voltei não pensando que milhões iam cair na minha cabeça ou algo do tipo, mas eu achei que a atitude seria de alguma forma diferente. Para esse dia é a mesma coisa. Esportistas não tem nada. Muitos que ganharam ouro nas últimas olimpiadas de verão, quando o então presidente Vladimir Putin deu a ordem que medalhistas de ouro ganhariam ,000 cada[N.T:Não colocaram o valor direito] muitos ainda estão esperando. Eles não receberam o reconhecimento de seu sucesso.

Sobre a participação de esportes na Rússia hoje:
Emilianenko: Com MMA eu acho que você precisa primeira sobre algum tipo de resultado no seu próprio esporte. Você precisa chegar a algum lugar, alcançar algo. Para construor uma base de habilidades e conhecimentos para poder continuar adiante, para conseguir resultados. Mas agora você faz uma excursão em algumas academias, ginásios, estão todas vazias. Ninguém quer treinar;

Um treinador de boxe que eu conheço foi em algumas salas de aulas, de 8 a 11 anos. Em torno de 5 classes de cada ano. E ele me disse que nenhuma pessoa foi olhar aonde o centro de treinamento ficava...O que tá acontecendo lá? Nada, ele disse, nada realmente. Ninguém veio. Mas no meu tempo, quando eu estava me matriculando para treinar, pessoas estavam se matriculando um ano antes porquê não tinha espaço para todos.

Porquê? Porquê tem pouca seriedade na maneira como os esportes devia ser visto. Tem pouco esporte na televisão. Tem pouco conhecimento, interesse em um estilo de vida saudável. O que eles mostram, é o que as pessoas querem ver. Pessoas sentam em frenta de seus computadores, na internet. Ninguém quer treinar. Eles fazem propaganda só de álcool e cigarro.

Teve um incidente aqui recentemente. Tinha um playground onde ficavam crianças, sempre brincando de algo. Quase 24 horas por dia. Então a administração decidiu que não gostava desse uso do espaço e trancaram o playground. No outro dia as crianças apareceram e encontraram tudo trancado. Então eles foram e compraram cerveja e cigarro e passaram o tempo em um banco da praça bebendo.
Ninguém quer fazer mais nada. Dmitry Medvedev [Presidente da Rússia] comentou que nas escolas só 20% dos estudantes praticam esportes. Eu tenho conversado com treinadores que dizem que nas melhores estimativas, só 2% treinam. Tudo está se tornando comercial. Ginásios, as únicas pessoas que treinam em ginásios agora são mais velhas, de certo status. Eles entendem que exercícios sçao importantes, que esse olhar na saúde é importante.

Mas sobre playgrounds e campos, tem menos e menos deles. Estão fechando mais e mais todo o tempo. E se abrem um, é pra dizer "olhe temos um playground." Mas ninguém treina lá. Ninguém. Ou é porquê é pago ou por outra razão. Talvez seja limitado para um certo grupo de pessoas. Então se 100 pessoas o usa, e o resto? O que fazem? Sentam e assistem aos outros treinarem.

Esporte infantil se tornou uma atividade paga. Mas muitos não têm dinheiro pra pagar por ela. Se no meu tempo os esportes fosse uma atividade paga, eu nunca teria me tornado um esportista, porquê meus pais nunca teriam o dinheiro para pagar por ela. Mas eu acho que para crianças, adolescente com problemas, de famílias com dificuldade para pagar também, é terrível. Eles querem competir nos esportes, mas não podem.

Eu acho que eu mesmo fui um adolescente difícil, problematico. E novamente se os esportes fossem atividade paga, não estaríamos aqui sentados agora, conversando. Você não estaria me perguntando questões para eu responder como um esportista. Então esse é o porquê nos devemos fazer do esporte disponível.
Primeiro e principalmente, esporte para crianças. Nós precisamos atrair crianças e jovens para os esportes. Não precisa necessariamente ser esportes de combate. Deixem-os ter esportes coletivos ou outros esportes. Existem milhões deles. Eu acho que eles precisam construir escolas, clubes de esporte em todos os lugares. Precisa de um programa governamental, para ser disponível para todos.
Sobre o que ele faz para ajudar a resolver o problema:
Emilianenko: Eu vou lá, falo com eles, tento envolve-los nos esportes. Quando posso vou a orfanatos, colônias de adolescentes infratores, visito a juventude lá. Tento conversar sobre um jeito saudável de viver. Sobre uma perspectiva de vida diferente da qual eles possam ter. Eu falo para eles sobre ter um bom futuro. Você sabe, quando você conversa com alguém, uma criança, e você diz o que acontece se elas beberem e fumarem, se usarem heroína ou cheirarem cola, o que acontece a elas. E o que acontece se elas praticarem um esporte.

E claro, a escolha é delas. Mass ó dizer a elas, não basta. Você precisa também atraí-las, envolve-las. Como eu estava dizendo, tem muitos caminhos errados, mas praticar um esporte, é um trabalho muito difícil, especialmente se você esta almejando resultados. E porquê de tão difícil é nesse ponto do tempo, estou limitado em minhas habilidades.
Mas eventualmente para cumprir realmente meus objetivos, eu gostaria de construir uma escola de esportes. Eu a chamaria de Aleksander Emilianenko School, e qualquer um que quisesse usá-la, ou treinar lá, poderia. Não apenas na Rússia mas por todo o mundo.
Sobre o motivo de decidir competir no MMA:
Emilianenko: Na Rússia na competição amadora, não importa quem você seja. Não importa quão bom esportista você seja. Não importa os resultados que consiga. Sou uma pessoa do nada, alguém que ninguém conhece, e quando entrei no palco da Rússia como esportista, eles pararam de me dar acesso, pararam de me dar um caminho justo pela competição. Eles começaram a bloquear meu avanço na competição.

Nos Esportes amadores na Rússia, você já tem seus campeões. Você tem seus vencedores, e já é ajustado muito antes. É tudo decidido. Quem vai para onde e porquê. E eles não precisavam de mim de qualquer maneira; Eu não era de todo vantajoso para eles. Então eu decidir abandonar os esportes amadores. Então pensei em ir para o esporte profissional. Então me re-qualifiquei nos esportes de combate.
Do sambo esportivo para o sambo de combate, e eu acho que deveria ter entrado no Pride mais cedo. Mas naquele momento eu era o lutador mais jovem a lutar lá. Eu nunca trabalhei antes do Pride. Nunca trabalhei. Só treinei.
Sobre o que aconteceu entre 2000 e 2004
Emilianenkpo: Eu vivi com meus pais e treinei. E eu entendi, eu quero dizer, era importante entender como continuar e o que fazer e como viver. Eu tinha que trabalhar em um caminho para mim no futuro. Eu entendia que como um engenheiro, por exemplo, ou um cientista, eu não seria. Alguns tipos de trabalho não faria também. Então o caminho para mim era o esporte. Esporte profissional. Então eu decidi me profissionalizar.
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MensagemAssunto: pt.3   Da sobrevivência nas ruas da Rússia para o MMA, A história de Aleksander Emilianenko Icon_minitimeDom Ago 03, 2008 5:36 am

Sobre a transição para o MMA:
Emilianenko: Eu não sei, para mim veio facilmente. Eu não sou só um esportista. Eu sou um lutador no meu coração. Pra mim isso é tudo. Eu amo lutar.

Sobre lutar com Mark Hunt:
Emilianenko: Quando eu tinha que lutar com ele, 11 de maio, eu estava muito feliz que poderia lutar com ele. Que eu poderia lutar com um lutador tão fantástico, que nós viríamos e teríamos uma grande luta. Que pudéssemos bater um no outro. Ele é um cara que seria um bom adversário para mim, nós mostraríamos uma boa luta.
Eu estava muito feliz de ouvir isso. Foi como um grande peso caindo em mim quando me contaram que Mark Hunt declinou a luta comigo. Eu não pude encontrar nenhum lugar para escapar, para acertar meus pensamentos. Então fiquei chateado. Porquê. Diga outra pessoa. Eu não sei. Você pode ficar chateado porque você não tem que lutar com alguém? Não...
E não é nem mesmo uma luta. Eu acho que quando você entra no ringue, os lutadores, eu acho, eles nem mesmo batem um no outro. É mais como um jogo de xadrez no ringue. Quem pode superar quem, achar os pontos fracos. Quem vai superar quem, quem treinou melhor. Quem pode melhor enganar o outro.
Não é como se pegassem alguém na rua e colocasse no ringue comigo, você sabe, e eu estaria lá, batendo nele como quisesse. Não. Eu tenho que ver tudo. Pensar sobre tudo. Tenho que fazer decisões instantâneas. Tenho que julgar a situação todo o tempo. É xadrez no ringue.

Sobre Kimbo:
Emilianenko: Na realidade, como lutador, como lutador ele é fraco. Para mim de qualquer jeito. Meu promotor [Vadim Finkelshtein] sugeriu essa luta para os promotores, que eu fosse lá e lutasse com Kimbo. E eles não aceitaram a luta. Eles perceberam que para mim ele é muito fraco.

Eu não estaria lutando com ele, brincando com ele. Eu iria e o rasgaria, partiria ele em dois. Exatamente como foi entre mim e James Thompson, que levou quase 3 rounds para Kimbo vencê-lo. Não. Porém ele tem que ser congratulado de primeira mão...

Do que ele precisa? Que as pessoas o conheça. Para as pessoas que o viram. Todo mundo ganha dinheiro de qualquer forma nesses dias. Ele não é um lutador, não é um esportista. Eu diria que ele é mais um showman. Eu posso dizer isso sobre ele.

Como esportista ele é muito unidimensional. Mãos? Isso é tudo? Nesses dias todos podem usar as mãos. Quando lutadores num nível decente competem, você não entende o que ele era, antes. Um boxeador ou um wrestler. E treino com boxeadores. Eu costumava vencer - eu agora venço campeões mundiais. Eu boxeio com eles. Eu não sou um lutador que lutava com gordinhos, com quem sabe quem em algum campo ou algo assim. Isso não é amostra de sua proeza como lutador. É só um show. São elementos de um show.
É claro que MMA não é um esporte que lutadores tem que competir e vencer. É também um show. Deveria ser assim. Não deveria ser uma luta com sangue espirrando em todo lugar. Deveria ser bonito, do momento que o lutador pisa no ringue, do momento que o lutador sai dele. É entediante assistir só o que acontece no ringue, e mais nada. É melhor ver um show e também um esporte. Isso é MMA.

Sobre dinheiro no MMA:
Emilianenko: Eu acho que esporte e show é tudo sobre o que o MMA é. Um não pode existir sem o outro. E agora as pessoas que estão envolvidas no MMA, incluindo os lutadores, são como os pioneiros. Abrindo o esporte. É o primeiro passo do Boom do MMA, do flash, por todo o mundo.
No momento os esportistas estão trabalhando no processo de criar um nome para o MMA. Porquê me relação ao boxe e outros esportes, é um esporte jovem. Tem que ganhar mais popularidade para que se torne interessante. E agora é só uma questão de esperar um pouco mais, para os melhores esportistas sentirem que estão querendo fazer parte do esporte.
E os lutadores agora, tem que sofrer até certo ponto. Como Muhammad Ali sofreu. Ele não lutava por uma quantidade gigantesca de dinheiro. E agora nós temos que esperar até -- Nós temos que dar ao MMA algum tempo para se desenvolver para atrair novos públicos com nossas lutas lindas. E não importa como é feito. Mas não pode ser feito só com um show ou só com boas lutas. Tem que ser feito com ambos.


Sobre se mudar para St Petersburg em 2003 e encontrar sua esposa:
Emilianenko: eu encontrei minha esposa logo que me mudei para cá. Eu me apaixonei por ela. Ela trabalhava em uma academia. Como instrutora de fitness. Eu vim porquê tinha que treinar um pouco. Um amigo me trouxe. Nos encontramos porquê ela era uma treinadora lá na época. Ela me ajudou a fazer abdominais, e naquela mesma tarde a convidei para uma festa. Ela não foi.

Então a procurei, a cortejei. Então eu viajei para a Holanda, e nós falamos pelo telefone, escrevemos e-mails. E então daquele momento estamos inseparáveis. Ela nunca sai do meu lado, sempre me apoiando. Muito do que fiz devo a ela. Ela é bem sólida e está sempre para mim. Está sempre me apoiando.

E no momento estamos nos preparando para ter outra criança, um garoto. Minha família tem que ser grande. Minha mulher tem que ajudar o marito e dar a ele filhos. Ela tem que trazer crianças ao mundo enquanto tem essa habilidade. Minha vida mudou muito.

Sobre como ter uma filha o influenciou como um lutador:
Emilianenko: Eu mudei muito como pessoa e lutador. Como lutador fiquei realmente estável, balanceado. Eu fiquei mais disciplinado. Eu posso dizer pelo meu regime de treinamento agora. Eu acordo pela manhã, vou ao centro de treinamento e treino. Então almoço, depois outra sessão de treino. Então as 8 p.m volta para casa e passo o tempo com minha família.

Nos finais de semana nós saímos com a família. Eu não saio. Quero dizer, nós podemos ir ao cinema com minha esposa. Eu gosto de ir ao cinema; gosto de fazer esse tipo de coisa. Não gosto muito de clubes, não gosto de bar. Eu não bebo. Eu tento passar o meu tempo livre com minha esposa. Nos meus treinamentos fico fora a maior parte do tempo, e sinto muita saudade dela. Eu estou muito feliz. Me tornei muito responsável. Comecei a fazer mais de tudo, a pensar sobre tudo mais cuidadosamente.

Eu agora sei que não vivi em vão. Eu sei porquê eu fiz tudo. Porquê tudo é do jeito que é. Eu agora sei a quem eu faço tudo. Agora sei os meus objetivos, todas as minhas perspectivas. Porquê preciso de tudo isso. No passado teve tempos que não podia me encontrar. Vivia estritamente para mim mesmo, e pelos meus parentes. Mas agora estou fazendo isso por minha família, indo para a frente por nós e eu estou tão feliz. Quando eu tiver ainda mais filhos, eu acho que serei a pessoa mais feliz.

Crianças não tiraram meu espírito de luta de nenhuma maneira.

Por quanto tempo ele quer continuar a lutar:
Emilianenko: Outros 10 ou 15 anos. Estarei lutando MMA. Depois desse tempo, não tenho certeza do que farei, mas sei que estarei lutando até minha saúde não me deixar mais. Tenho 27 agora, então eu acho que estarei apto a lutar por outros 10 anos facilmente.

Depois disso, não importa o que estarei fazendo, eu conheço minhas habilidades, especialidade e experiência... Eu não apenas que fazer, eu sou obrigado a passá-las para a próxima geração. Essas crianças que irão competir em esportes, lutar MMA. Eu não serei um treinador, mas irei ajudá-las. Irei ensiná-las, seja para um grupo limitado ou aberto ao público. Irei transmitir todo o meu conhecimento, especialidade. Assim que eu vou me desenvolver.

Sobre a vida for a das lutas:
Emilianenko: Estou recebendo propostas para estar em filmes. Eu não tenho tempo para filmes agora. Eu sei como é difícil. Eu tenho muitos amigos que são atores e eu sei que eles não trabalham menos do que eu. As vezes eles filmam por dias completos. É muito difícil, trabalho duro. E eu não estou com pressa de mudar minha profissão ainda de esportista para ator.

Eu gravei uma música com alguns caras. Tenho que pensar sobre isso; talvez eu irei gravar outra em breve. Gosto disso. Eu tentei sem muito interesse e gostei. Foi rap. Mas não serei um artista que grava ou algo do tipo, não farei carreira disso. É só u hobby. Só para mim. As vezes escrevo poesias, eu faço isso.

Proposta de filmes estão vindo da Rússia. Tinha um de [Jean Claude] Van Damme. Mas ficou só assim, uma proposta. Como eu disse, não posso prometer. Por causa que a maioria das propostas, não são para uma simples aparição. Eles dizem algo como "Nós queremos Emilianenko para um dos papéis principais", e não posso dar a eles falsa esperança, não posso prometer, porquê não tenho tempo. Eu treino e treino. Especialmente desde que assinei um contrato com a Affliction. Meus amigos nos filmes, trabalham e trabalham. Eles também viajam muito. Eu não tenho esse tempo. Não tenho pressa.

Tinha uma proposta, De verdade, há um mês atrás eu encontrei com um diretor que fez um filme sobre Aleksander Nevsky. E ele estava dizendo que se tivesse me encontrado mais cedo, teriam me pegado para o papel de Aleksander. Eu agradeci. Eles filmarão uma continuação do filme, e darei uma olhada na proposta. Mas por agora sou um esportista. Eu luto. Empurro o esporte. Não tenho tempo. Eu quero, mas não posso. Não posso me dividir em dois. Porquê se fizer, estarei lá e cá, nada vai funcionar. Não estarei interessado em nenhuma das duas esferas. Tenho que fazer uma coisa de cada vez.

Sobre Affliction/Golden Boy Promotions:
Emilianenko: Eu assinei um contrato de três lutas e lutarei 19 de julho. Eu lutarei nos E.U.A e agora estou me preparando. Bem difícil. Estou pronto. Mostrarei a eles uma luta bonita.

Sobre o UFC:
Emilianenko: Eu também queria lutar no UFC[Com seu irmão Fedor Emilianenko] Mas como russo, não sou interessante a eles. Estão interessado nos seus próprios, americanos. Esse é o motive de não me deixarem competir na organização deles. Eles estão dizendo "Não queremos Aleksander lutando para nós" Porquê eu chegaria lá, venceria todos e voltaria para a Rússia com o cinturão. Eles não querem isso.
Esses organizadores, promotores, querem seu próprio tipo. Assim que eles fazem seu dinheiro. E assim é como eles se carregam, o UFC. Eu sei de que é de direito deles, eles arruinaram relações com muitos e esses muitos estão deixando-os. Eles agora estão enfrentando competição séria, E acho que irão cair. Vão cair para o segundo escalão, onde estavam antes, quando o Pride existia.

Pride era melhor; Pride era o número um do mundo. Então, eu critico os organizadores. Não é crítica dos lutadores. Eles são esportistas valiosos. Bons lutadores. É uma crítica aos organizadores, aos promotores. Eles pegam tudo e quebram. Ao invés eles deveriam fortalecer tudo, fazendo todos mais fortes, fortes e mais fortes. Mas as pessoas estão os deixando.

Ao invés eles tem agora competição muito séria, muito valiosa no mundo. E não tanto tempo passará antes das coisas mudarem.

Sobre o futuro oponente Paul Buentello:
Emilianenko: O que eu acho de Paul Nuentello? Acho que irei vencê-lo. Ele é um bom lutador, e mostrarei a todos uma boa luta, bonita. Não vi as lutas dele ainda. Eu darei uma olhada assim que puder. Na escola, no começo da próxima semana, nós agendamos para assistir e estudar suas lutas. Estou agora em ótima forma. Eu treinei, e treinei muito sério pra isso. Não me poupei em nenhum momento para mostrar para todos uma luta realmente boa, realmente bela.

Sobre ringue comparado a jaula:
Emilianenko: Não importa para mim se a luta é em ringue ou jaula. Já lutei em ambos. Não importa se sera as cordas ou as grades para limitar meus movimentos, não importa. Pode até colocar um tatame como no sambo e judo e desenhar umas linhas vermelhas e estará bem também. Não faria nenhuma diferença. Eu vencerei.

De quais derrotas gostaria de se vingar:
Emilianenko: Sim, tem. Mas todas essas pessoas nesse ponto do tempo... Nós oferecemos a mim para lutar com Josh Barnett agora, e não quiseram. Nós estávamos sentados juntos, e eu disse vamos lutar. E ele me disse eu não quero lutar com você, você é um lutador insano.

Da última vez que lutamos estava doente. Irei explicar. Eu fui para a luta com temperatura alta. Tinha uma temperatura de 98.6 [N.T: Farenheit] Os médicos não queriam me deixar lutar. Na minha vida, o grand prix era de longe a mais importante competição. E eu tinha que lutar, era obrigado a lutar. E eles não queriam me deixar subir no ringue. Então os organizadores foram chamados, e esse é o motivo de eu ter tentado vencer Barnett antes, não podia e perdi por submissão.

Não penso nisso como uma derrota. Eu penso que não deveria ter competido. Porquê não deveria ter competido? Porque. Não tenho medo de perder. Todos acham que me apresentei uma boa, bonita luta. E que bati e bati nele. E agora ele se recusa a lutar comigo. Ou está podindo uma grana alta para isso. E claro que os organizadores acham que Barnett não vale esse tanto de dinheiro. Para que pagá-lo tanto? Para ele perder? E ele mesmo, sabe perfeitamente que perderia. Por isso que ele está se recusando a lutar comigo.

Crocop não está nem mesmo se comunicando conosco. Sua forma é evidente na última luta. Seu tempo passou. As pessoas aprenderam a lê-lo muito bem. Ele é agora exatamente como era no passado. Ele estava reunindo experiência mas não num alto nível. Os japoneses estavam alimentando ele com lutadores japoneses. Eu acho que em toda minha carreira no Japão, não enfrentei um único japonês. Porquê? Porquê eu teria menos chance de ser o campeão deles. Eles constantemente me davam lutadores que eram melhores e melhores. Cro cop, diferentemente, eles aliviavam com ele.

Quando lutei com ele, vou explicar, tinha 23 anos. Era muito jovem. Foi a quarta luta da minha vida. Mas tinha que lutar com ele, tinha. E Cro Cop não sabia pra que canto do corner correr, se esconder. E eu era jovem e sem experiência. E aconteceu do jeito que aconteceu, mas agora estou pronto. Estou pronto para lutar com ele amanhã. Com Cro cop e depois Barnett.

E Werdum. BEm. Um. Ok. Eu quero dizer, ele é um bom lutador. Mas eu, eu estava lá só para o feriado. Eu nem mesmo treinei na verdade. Eu só, realmente, fui lá para o feriado. E me pediram "Você quer lutar?" e eu disse, "vamos fazer isso." E eles tinham um oponente para mim e de repente mudaram para Werdum.
Estou pronto. Não importa com quem ou onde. A pé ou a cavalo. Com maças ou machados. Para lutar. Para derrubar sangue ou para a morte. Não importa, estou pronto para lutar

Eu fui caçar. Ursos. Com uma faca.

Se as pessoas realmente caçam urso com facas:
Sim, elas caçam. Alguns anos atrás teve um infeliz acidente. Um esportista, campeão mundial de wresling...O que ele estava fazendo? Sim, ele estava colocando uma forquilha no pescoço do urso. [A prática de caçar ursos com facas envolve, quando o urso estiver na sua frente, colocar um longo pedaço de pau com uma ponta em forma da letra U abaixo do focinho do urso quando ele se levanta para lutar. Quando o pau está no lugar, o urso não consegue trazer o corpo para baixo e o caçador apunhala ele algumas vezes, idealmente matando o urso instantaneamente. ]
E então o urso não podia atacá-lo. E ele estava apunhalando abaixo das costelas no coração. Quando estava apunhalando, o urso balançou-se com a garra. Ele já estava morto "a garra foi seu último gesto com toda sua força e basicamente arrancou metade da cabeça do wrestler. E claro que os outros caçadores abriram fogo no urso, mas já era tarde. Ele tentou sua sorte com o urso e não conseguiu.
Para mim tudo continua bem. Estou OK. Eu fiz isso e estou OK. A mais ou menos meio ano atrás, eu estava na Sibéria. Tudo foi bem. Coloquei a forquilha debaixo dele e apunhalei-o no coração. E foi isso. Os outros caçadores o desmembraram, prepararam o urso.
Eu quero agora ir caçar na África, com amigos. Fui convidado.

fonte:
http://www.sherdog.com/news/articles/From-...ko-Part-1-13702
http://www.sherdog.com/news/articles/From-...ko-Part-2-13709

fonte: PVT
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MensagemAssunto: Tomou um pau do Werdum!!!   Da sobrevivência nas ruas da Rússia para o MMA, A história de Aleksander Emilianenko Icon_minitimeQui Ago 07, 2008 12:25 am

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